quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Recriação do Olhar no Cerrado Baiano

Barreiras, 20 de abril de 2010 – De maneira inédita na região oeste da Bahia, será realizada entre os dias 29 de abril e 2 de maio, a I Oficina de Fotografia do Cerrado Baiano: a Recriação do Olhar. Ministrado por Adriano Gambarini - com fotografias publicadas na National Geographic, Mercator´s World e Geo Magazine – o curso pretende capacitar a comunidade e evidenciar as belezas, principais degradações e a relação das comunidades tradicionais com os recursos naturais. Foram selecionadas 15 pessoas, dentre poder público, iniciativa privada, instituições de pesquisa, e terceiro setor.

A oficina tem o objetivo de apontar a fotografia como ferramenta de apoio às atividades de educação ambiental e estimular a mudança de comportamento em relação à biodiversidade. A programação inclui noções básicas de fotografia, e aulas práticas em São Desidério, Luis Eduardo e Formosa do Rio Preto, para retratar as belezas naturais e as principais ameaças sofridas no cerrado do oeste da Bahia.

No dia 28 de abril, na quarta-feira, a partir das 19h, Adriano Gambarini também ministra a palestra “Fotografia para a Conservação”, no auditório do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal da Bahia (ICADS/UFBA), antigo Colégio Padre Vieira. O evento, com entrada franca, pretende valorizar a biodiversidade ambiental e cultural, mobilizando os presentes a pensarem na relação entre o homem e o ambiente.

“Na palestra as fotografias serão utilizadas para fazer as pessoas refletirem, sendo principalmente uma forma de valorização do próprio ser humano”, afirma Adriano Gambarini, hoje colunista do Blog da National Geographic Brasil e da Agência Ambiental OECO. O fotógrafo administra e licencia atualmente seu arquivo com cerca de 80 mil imagens do Brasil, Antártida e mais 17 países, com ênfase na biodiversidade, ecossistemas, cavernas, vida selvagem, modos de vida e cultura de grupos étnicos, arquitetura e cidades históricas.

Exposição - Os registros da I Oficina de Fotografia do Cerrado Baiano vão compor uma Exposição Fotográfica, que será realizada a partir de julho, e passará pelos municípios de Barreiras, São Desidério, Luis Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Salvador, e São Paulo. A curadoria e a seleção das fotografias serão do próprio Adriano Gambarini juntamente com a jornalista Mirella Domenich, gerente de comunicação do Programa Cerrado-Pantanal da Conservação Internacional, com experiência em exposições fotográficas em países da África, e também no Brasil.

A proposta está inserida no Programa Conservação da Biodiversidade, que tem o objetivo de conservar a biodiversidade no cerrado, cujas instituições parceiras trabalham no sentido de propor estratégias para evitar o desmatamento ilegal, a extinção local de espécies, e incentivar o cumprimento da legislação ambiental na cadeia agropecuária.


Programação:

28/04 – quarta-feira
19h – “Fotografia para Conservação” – Palestrante: Adriano Gambarini
Mostra de vídeos – II Oficina de Vídeo Participativo
Local: Auditório do ICADS/ Universidade Federal da Bahia – campus Edgard Santos

29/04 – quinta-feira – Noções Básicas de Fotografia e aula prática em São Desidério
30/04 – sexta-feira – Luis Eduardo Magalhães
01/05 e 02/05 – sábado e domingo – Formosa do Rio Preto

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Lagoa Azul é verde


De São Desidério à Lagoa Azul são 15 quilômetros em estrada de chão, bem conservada. A paisagem é de mata de cerrado nativo e em alguns trechos, apresentam-se fazendas de gado que devastaram a paisagem natural para abertura de pasto.

A Unidade de Conservação foi criada pelo Governo Municipal. Logo na entrada do parque, há uma estrutura semi-pronta de um abrigo para os visitantes, o prédio possui telhado coberto, espaço para banheiros, loja para comercializar artesanatos e alimentos, falta ainda instalação elétrica e hidráulica.

Após o abrigo, segue-se por uma trilha, onde estão espalhadas placas de madeira que indicam as espécies de árvores que ali se encontram. Se o visitante estiver com sorte, é possível avistar macacos bugios, ou guaribas nos galhos das árvores à procura de alimentos, são animais ariscos e preferem ficar longe e escondidos da presença humana. Os pássaros, pelo contrário, gostam de se exibir, com seu canto e plumas coloridas que se destacam por entre as árvores. Durante o trajeto vê-se ainda cupinzeiros nas árvores, formigueiros gigantes, uma diversificada espécie de insetos e borboletas à procura de pólen.

A caminhada é leve e agradável, em pouco tempo chega-se ao mirante da Lagoa Azul. A vista é fascinante, do alto de uma pedra é possível contemplar um gigantesco lago que apesar de ter o nome de Lagoa azul, suas águas são de um intenso verde, margeado por uma nata esbranquiçada que serve como filtro das impurezas que caem no calmo espelho d’água, como folhas, excrementos de animais. Paredões rochosos cercam toda a extensão da lagoa, da pedra do mirante até a água, são 40 metros de altura e nesse ponto a água pode ter a profundidade de 14 a 15 metros.

Segundo o guia turístico de São Desidério, Jussyklebson da Silva de Souza, tanto em períodos de estiagem quanto de chuva, a tonalidade da água não muda e nem a quantidade de água dentro da lagoa. Permanece sempre a mesma, verde, calma e profunda.

O silêncio e a natureza intocada tornam o cenário único, de beleza indescritível e poética. Nos céus, revoada de pássaros fazem um bailado que chama a atenção. No alto dos paredões as pedras formam imagens que despertam a imaginação.

Alguns metros dali, seguindo uma pequena trilha, esta o aquário natural. Milhares de peixinhos movimentam-se freneticamente. A água apesar de limpa, somente é possível visualização na parte superficial, devido à profundidade que chega até 60 metros. Ao fundo o paredão vermelho completa o cenário. No chão, folhas secas que vez ou outra são levadas pelo vento. (Luciana Roque/Ascom Instituto Bioeste)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bioeste integra mesa redonda da soja responsável

Com uma das principais fronteiras agrícolas do mundo, e em franca expansão, a realidade mostra que ainda faltam iniciativas que insiram esta variável na condução dos negócios, seja dos agricultores, das trades, e das políticas públicas na administração publica e da própria sociedade civil. Em um passo importante para discutir a produção agrícola do oeste da Bahia, o Instituto Bioeste passa a ocupar uma cadeira na Round Table of Responsabily Soy (RTRS, na sigla em inglês), e se compromete a intensificar o trabalho para inserir a sustentabilidade na cadeia produtiva da soja produzida na região.

A RTRS foi criada na Suíca em 2006 e conta atualmente com mais de 100 membros em quase vinte países. A organização reúne produtores, indústria e comércio e instituições financeiras; ong´s e entidades governamentais interessadas nos impactos da soja na economia e no meio ambiente. Gina Cardinot, coordenador outreach Brasil da organização, entende que todas as organizações ao entrar na RTRS têm a oportunidade de fazer parte de uma iniciativa internacional única dentro do setor. “E assim, contribuem para a construção deste padrão internacional de soja responsável, além de possibilitar uma troca de ações, conhecimento, e de abrir um leque de possibilidade de parcerias”, acredita.

Segundo o diretor-presidente, Benito Fernandez Mera, o Bioeste pretende facilitar o intercâmbio de informações entre as diferentes instituições ligadas ao setor, e intensificar esta relação, estimulando por meio de eventos, reuniões, e trabalhos de campo. “Os produtores de soja precisam inserir as componentes ambientais, atualmente necessárias para a própria perpetuação do negócio, seja para a comercialização da commoditie no mercado externo, bem como a manutenção das condições técnicas para o cultivo da soja”.

Como forma de reiterar a parceria, desenvolvida a partir deste momento, o Instituto Bioeste compromete-se alinhar às ações desempenhadas pela RTRS, no sentido de levar a sustentabilidade para a cadeia produtiva na soja, sendo um papel já assumido localmente pela instituição e pela sua rede de parceiros. O Bioeste se disponibiliza a atuar conjuntamente, ao agregar força no cumprimento dos compromissos e princípios que levem a produção agrícola do oeste da Bahia para o caminho da sustentabilidade.

Conheça a Associação Internacional da Soja Responsável (RTRS)
É uma organização internacional que apóia a produção, processamento e comércio de soja responsável em todo o mundo através de um padrão global, que por sua vez, favorece o cumprimento legal e práticas empresariais adequadas, condições de trabalho responsáveis, relações responsáveis com as comunidades, responsabilidade com o meio ambiente e boas práticas agrícolas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mudanças Climáticas é tema do Cerrado em Foco

Barreiras, 15 de abril de 2010 - Apesar do fracasso no fim de 2009, da 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca, os reflexos das mudanças climáticas continuam a ter interferência local, principalmente com os chamados extremos climáticos. O Cerrado em Foco, coloca a opinião de pesquisadores que mostram a relação direta da expansão agrícola e do mau uso da biodiversidade - como o desmatamento e as queimadas – com os efeitos das mudanças climáticas.

O Cerrado em Foco mostra, em sua reportagem de capa, do fenômeno da desertificação que já vem ocorrendo no oeste da Bahia, que pode prejudicar o agronegócio da região. O leitor também pode acompanhar a entrevista com o promotor de justiça titular da 1ª promotoria de Barreiras, Eduardo Bittencourt, que atua em conjunto com os órgãos ambientais na adequação ambiental das margens dos rios de Barreiras.

Esta edição também comemora o sucesso do Programa Conservação da Biodiversidade, uma parceria entre a Conservação Internacional, Instituto Bioeste e a Monsanto, que já trabalhou no diagnóstico ambiental de 86 milhões de metros quadrados de propriedades rurais. O projeto tem o objetivo de envolver os produtores na conservação dos remanescentes da fauna e flora, evitar o desmatamento ilegal, e o cumprimento da legislação.
Conheça também o lobo-guará, na seção cerrado, o maior canídeo da América Latina, sendo ameaçada de extinção, e a entrada do Instituto Bioeste na Associação Internacional da Soja Responsável (RTRS, na sigla em inglês).

Tudo isso e muito mais você confere no Cerrado em Foco.

Cerrado em Foco – edição Nº 4
Publicação dirigida Março/Abril 2010
Realização: Instituto Bioeste e Conservação Internacional
Link: http://www.4shared.com/document/IHY4aOr8/Cerrado_em_Foco_ed_4_-_ed_fina.html

terça-feira, 6 de abril de 2010

Receita do bacalhau Nordestino


O Instituto Bioeste aproveita o feriado da Semana Santa para disponibilizar a receita de bacalhau nordestino, que foi ao ar, no quadro Fique por Dentro, do programa Fala Cerrado, com o tema arborização urbana. Para quem aprecia um bom bacalhau, sugerimos essa deliciosa receita. Bom apetite!

BACALHAU NORDESTINO

INGREDIENTES


250G DE BACALHAU DESSALGADO E DESFIADO GROSSO


100G DE AZEITONAS VERDES PICADAS


100G DE AZEITONAS PRETAS PICADAS


1 CEBOLA GRANDE CORTADA EM RODELAS FINAS


1 PIMENTÃO GRANDE CORTADO EM RODELAS


350G DE MANDIOCA COZIDA E AMASSADA


1 XIC. CHÁ DE LEITE


1 COLHER DE SOPA DE MARGARINA


1 OVO INTEIRO


3 XIC. DE CHÁ DE MOLHO BRANCO


MODO DE PREPARO


JUNTE À MANDIOCA AMASSADA O LEITE, A MARGARINA E O OVO E LEVE AO FOGO EM UMA PANELA FORMANDO UM PURÊ. NÃO PRECISA DE SAL POR CAUSA DO BACALHAU QUE JÁ É SALGADO. MONTE EM UMA ASSADEIRA MÉDIA UMA CAMADA COM O PURÊ DE MANDIOCA, DEPOIS O BACALHAU DESFIADO, A CEBOLA, O PIMENTÃO E AS AZEITONAS, POR ÚLTIMO CUBRA COM O MOLHO BRANCO. LEVE TUDO AO FORNO MÉDIO PRÉ-AQUECIDO POR 45 MINUTOS OU ATÉ FICAR BEM DOURADO. SIRVA EM SEGUIDA COM UMA SALADA CRUA OU SOZINHO.


TEMPO DE PREPARO: 1H30MIN


RENDIMENTO: 4 PORÇÕES