terça-feira, 30 de março de 2010

Rio Grande sofre com esgoto

Apesar das comemorações da Semana Mundial da Água, realizada em Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, entre os dias 22, 23 e 24 de março, a sociedade demonstrou preocupação com os rumos tomados pela gestão dos recursos hídricos. Ao lado das apresentações artísticas, exposições fotográficas, os debates em torno das obras de saneamento básico e da fiscalização do uso das licenças para a agricultura irrigada atraíram a atenção do público presente ao evento.

O rio Grande, principal afluente da margem esquerda do rio São Francisco, recebe diariamente o esgoto de Barreiras. Apenas 7% das residências são assistidas por rede coletora de esgoto, 90% das casas utilizam fossas sépticas e o restante joga seus dejetos diretamente nas ruas que são levados para dentro do rio Grande.

Segundo estudo realizado pelo Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal da Bahia (ICADS/UFBA), coordenado pelo professor José Cláudio Viégas, estas fossas são subutilizadas, pois parte dos dejetos das residências serem lançados nas ruas, como a água do banho e as usadas para lavar roupas e louças. “Isto acontece na tentativa de reduzir a sobrecarga das fossas”, afirma.

Em entrevista para o Fala Cerrado, o engenheiro de projetos e operações da Embasa, Jener Pitombo, acredita que a partir deste mês está previsto o início das obras de esgotamento sanitário de Barreiras. “Este será um passo importante na tentativa de solucionar o problema da poluição das águas do rio Grande e também irá proporcionar qualidade de vida para os barreirenses”, admite.

terça-feira, 23 de março de 2010

Água e Saneamento Básico é tema de Fala Cerrado

Com as belezas naturais marcadas principalmente pelas águas de cachoeiras, rios, e lagoas, a região oeste da Bahia celebra mais uma vez entre os dias 22 e 24 de março o Dia Mundial da Água. E aproveitando a ocasião, o Fala Cerrado fala mais uma vez sobre o evento realizado em Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, sobre o Dia da Água, mas fala também de Saneamento Básico.

Em Barreiras, município mais populoso da região, apenas 7% das residências possui saneamento básico, sendo que 90% utilizam fossas sépticas. O restante joga seus dejetos diretamente nas ruas que são levados pelas redes fluviais para o Rio Grande, que corta a região e deságua no Rio São Francisco, em Barra.

Para debater melhor o assunto, o programa entrevista o coordenador da regional oeste do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Leib Carteado, e Jener Pitombo, gerente de operações e projetos da Embasa. No Fique por Dentro, o Fala Cerrado continua a discutir recursos hídricos, com ao dar dicas de como usar a água de forma racional, e sobre o paraíso das águas quentes. O programa traz ainda informações sobre o cervo, conhecimento popularmente como veado, na seção cerrado, e mais as notícias sobre o meio ambiente.

Tema: Semana da Água
Exibição: 20/03/2010
Entrevista: Leib Carteado, coordenador da regional oeste do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), e Jener Pitombo, engenheiro de operações e projetos da Embasa
Realização: Instituto Bioeste
Confira aqui: http://www.4shared.com/file/246847781/231c0359/PROGRAMA_SOBRE_SEMANA_DA_GUA.html

sexta-feira, 19 de março de 2010

Oeste baiano comemora Dia Mundial da Água

Barreiras, 19 de março de 2010 - Com as belezas naturais marcadas principalmente pelas águas de cachoeiras, rios, e lagoas, a região oeste da Bahia celebra mais uma vez entre os dias 22 e 24 de março o Dia Mundial da Água. Na abertura, no Centro Cultural de Barreiras, está programada uma dramatização com alunos da Escola Municipal Professora Cleonice Lopes, e Alexandre Leal Costa, e exposição fotográfica “Barreiras: filha das Águas”.

Com data oficial na próxima segunda-feira, 22, o Dia Mundial da Água também pretende discutir as degradações e os problemas que envolvem as bacias hidrográficas do oeste baiano. Dentre os principais temáticas do evento estão o saneamento básico, Projeto Rio Vivo, e a importância do Aquífero Urucuia. Dentre os palestrantes destacam-se o diretor-geral do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Júlio Rocha, a presidente do Comitê da Bacia do Rio Grande, Joana Luz, e o promotor de justiça Eduardo Bittencourt.

Segundo Leib Carteado, coordenador da unidade regional do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), o evento é importante para se discutir os rumos dos recursos hídricos da região, que vem sofrendo principalmente com o lançamento de metais pesados e agrotóxicos. “Queremos a presença de todos, pois serão debatidos assuntos de total importância, com a parceria de várias entidades envolvidas com o tema na região”.

Preocupação - A ausência de saneamento básico será tema relevante da Semana Mundial da Água. De acordo com a ONU, até 2025, 3 bilhões de pessoas não terão acesso à água. Os dados apontam que o problema é agravado pelas secas, pelo aumento populacional, pela má administração dos recursos hídricos, pelas mudanças climáticas e pelo uso indiscriminado da água.

Este ano a Organização das Nações Unidas (ONU) dedica o Dia Mundial da Água à qualidade, com o objetivo de mostrar que na gestão dos recursos hídricos qualidade é tão importante quanto quantidade. Além da contaminação com metais pesados e agrotóxicos, os moradores da região sofrem com a falta de uma rede coletora de esgotos.

Em Barreiras, município mais populoso da região, apenas 7% das residências possui saneamento básico, sendo que 90% utilizam fossas sépticas. O restante joga seus dejetos diretamente nas ruas que são levados pelas redes fluviais para o Rio Grande, que corta a região e deságua no Rio São Francisco, em Barra.

De acordo com Jener Pitombo, diretor de projetos da Embasa, as obras de esgotamento sanitário em Barreiras terão início efetivo a partir de abril, com conclusão prevista em dois anos e meio. “Com o tratamento, nossos rios estarão livres da contaminação dos esgotos”, adianta. (Hebert Regis/Instituto Bioeste)

Semana Mundial da Água
Data: 22, 23 e 24 de março
Local: Centro Cultural de Barreiras, Auditório da UFBA (antigo Colégio Padre Vieira)
Informações: (77) 3612-8387 ou http://www.inga.ba.gov.br/

quinta-feira, 11 de março de 2010

Falando sobre poluição

Baixe o programa Fala Cerrado: http://www.4shared.com/file/238898902/825b5342/Programa_fala_Cerrado_-_Conseq.html

O planeta está sendo bombardeado por todo tipo de poluição, e o pior disso tudo é que o mundo parece não perceber o quanto é afetado por ela. Não é necessário ficar descalço em um lixão para está propenso a adquirir alguma doença. Até o ar pode causar problemas de saúde. E como? Desde irritação nas mucosas dos olhos e nariz, ardor e desconforto de garganta até agravamento com sérias debilidades como bronquite crônica e enfisema, contribuindo para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e pulmonares.

Pesquisas indicam que os riscos de câncer em indivíduos que vivem mais de 20 anos em grandes centros urbanos aumentam em 42%. E por quê? Porque nas cidades os níveis de óxido de carbono, bactérias e substâncias nocivas são bem maiores. Quanto mais poluída é a cidade, mais esse percentual é elevado. O biólogo da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Barreiras, e professor da Universidade do Estado da Bahia, Valmir Dâmaso, participou dessa edição do Fala Cerrado, para uma entrevista sobre os tipos de poluição, as conseqüências e as formas de reverter esse problema que atinge todo o Planeta.

O Fique por Dentro fala sobre uma estratégia australiana que reveste um prédio com um tecido que mantém a temperatura ambiente, e ainda possui led em suas fibras que funciona como emissor de energia. Na seção cerrado o bicho da vez é a onça pintada. A edição ainda trás, como sempre, as principais notícias sobre meio ambiente.

Tema: Conseqüências da poluição para a saúde
Exibição: 06/03/2010
Entrevista: Valmir Dâmaso – biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Barreiras
Realização: Instituto Bioeste e Núcleo de Educomunicação Ambiental de Barreiras (NEA)
Confira aqui: http://www.4shared.com/file/238898902/825b5342/Programa_fala_Cerrado_-_Conseq.html

sábado, 6 de março de 2010

Monsanto, Bioeste e Conservação Internacional juntas na preservação do oeste baiano

Barreiras, 1º de março de 2010: O primeiro ano do Programa de Conservação da Biodiversidade, uma parceria entre a Monsanto e a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil), chegou ao fim com um diagnóstico ambiental de 13 propriedades rurais do oeste da Bahia, que englobam 8,6 mil hectares, o equivalente a 860 mil quilômetros quadrados. A execução do trabalho na região é desenvolvida pela ONG Bioeste, parceira da CI-Brasil no oeste baiano desde 2004.

O programa engloba também atividades no nordeste da Mata Atlântica e a reestruturação da política de sustentabilidade socioambiental da Monsanto no Brasil, importante para que a empresa e sua cadeia de clientes incorporem e aprimorem princípios de sustentabilidade ambiental em todas as suas esferas de influência.

O investimento total é de US$ 13 milhões, cerca de R$ 23,4 milhões, para serem utilizados em um período de cinco anos, US$ 2 milhões (= R$ 3,6 milhões) deles voltados à conservação do oeste da Bahia, que se insere no Corredor de Biodiversidade Jalapão-Oeste da Bahia. Considerado hotspot de biodiversidade, o Cerrado, bioma presente no oeste baiano, está entre as 34 áreas identificadas pela CI como as mais ricas em fauna e flora e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas do mundo, já tendo perdido cerca de 75% de sua vegetação original.

“O objetivo é desenvolver ações capazes de garantir sustentabilidade na paisagem de sub-bacias do rio Grande, desenvolvendo boas práticas produtivas, evitando o desmatamento ilegal e a extinção de espécies”, diz Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil. “Visamos à formação de corredores ecológicos por meio do incentivo a adequação ambiental das propriedades. Também focamos em ações de treinamento e capacitação tanto de produtores como de prestadores de serviços da Monsanto”, completa Aryanne Gonçalves Amaral, coordenadora de Áreas Protegidas do Instituto Bioeste.

“Como estamos em contato direto com proprietários rurais em paisagens agrícolas, a Monsanto apresenta-se como uma aliada na conservação da biodiversidade, especialidade da Conservação Internacional e do Bioeste. Portanto, trabalhando juntas, estimulamos mudanças positivas e influenciamos a aplicação de melhores práticas ambientais ao longo da cadeia agrícola”, declara Gabriela Burian, gerente de Sustentabilidade da empresa.

Crisliane Santos, coordenadora de planejamento e gestão ambiental do Bioeste, explica que o engajamento dos proprietários rurais é fundamental para o sucesso do projeto. “Nosso objetivo é inserir a sustentabilidade dentro das propriedades e aliar o conhecimento técnico disponibilizado pelo Bioeste em prol da conservação e desenvolvimento sustentável da região.”

O projeto conta ainda com um componente de educação ambiental da população local e dos próprios agricultores. Entre os dias 25 e 27 de fevereiro, por exemplo, uma oficina de vídeo-participativo foi realizada na sede do Bioeste para 15 participantes. Como resultado, quatro vídeos foram produzidos sobre os seguintes temas: poluição do rio Grande, a devolução de embalagens de agrotóxicos, a agricultura familiar da comunidade do Mucambo e acessibilidade em Barreiras. Os vídeos serão utilizados nas atividades desenvolvidas pela ONG na região.


Serviços ambientais: O segundo ano do programa prevê a introdução de técnicas de uso adequado do solo visando à conservação dos recursos naturais, como água e solos, e a recuperação de matas de galeria e de reservas legais em pontos estratégicos. Por meio de uma parceria entre o Bioeste e a Universidade Federal da Bahia e a Universidade Estadual da Bahia, serão realizados inventários biológicos para o levantamento da fauna e da flora na sub-bacia do rio Preto.

“O bom funcionamento dos serviços ambientais da região ajudará muito na segurança climática”, afirma Prado, da CI-Brasil. Segundo ele, o programa de parceria prevê a implementação de um projeto de carbono na área do sub-bacia do rio Preto visando à manutenção da vegetação em pé.

A parceria prevê também o engajamento das comunidades rurais locais de forma a inseri-las nas oportunidades de desenvolvimento do agronegócio local, gerando renda e resgatando sua cidadania. “Serão desenvolvidos planos de negócios capazes de identificar as potencialidades das comunidades rurais com foco em sua segurança alimentar e melhoria das condições de vida”, complementa.



Como participar: Os agricultores que quiserem aderir ao Programa Conservação da Biodiversidade podem procurar o Instituto Bioeste, no telefone: (77) 3611-7173.