segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Agronegócio pretende desmatar mais 1,2 milhão de hectares no oeste da Bahia


O agricultor Osvaldo Gomes dos Santos, de 57 anos, sustenta a família fazendo farinha de mandioca. Ele, que nasceu na região, diz que a pressão já virou ameaça e mostra uma área que acabou de ser queimada para ampliação de uma fazenda de soja. Fica dentro da APA do Rio Preto e, pelos cálculos dele, em parte das terras ocupadas pela comunidade. "A área era preservada, um cerrado alto", lembra.

Perto da região encontra-se um terreno já pronto para receber a semente de soja. Mais um desmatamento recente dentro da APA do Rio Preto.

"Geralmente, todo ano a gente desmata uma parte. Um pouco mais, um pouco menos, dependendo da situação. Este ano desmatamos 900 hectares. Não temos licença ambiental, porque é difícil conseguir. Até tentamos ir atrás. O pessoal do Ibama vem para multar, mas para conseguirmos licenciamento é difícil. Não sei exatamente o que é uma APA", diz o fazendeiro Joelson Marcelo Lucian.

Não sabe, nem nunca foi avisado. Não há nem placa que identifique a reserva, muito menos fiscalização. A APA do Rio Preto só existe no papel.

Há 25 anos, em meia hora de carro se atravessava toda a área desmatada do cerrado baiano. Hoje o percurso é uma viagem de cerca de sete horas. São 600 quilômetros de estrada em linha reta. De um lado e do outro, onde se via mata de cerrado, agora só se vê área de plantio.

O fazendeiro Walter Horita foi um dos pioneiros. Em 1984, trocou 400 hectares de soja no Paraná por uma área que hoje chega a 40 mil hectares. É um dos maiores produtores da região.

"Naquele tempo, comprar terra era muito barato. Em valores atualizados, eu diria que paguei algo em torno de R$ 50 por hectare. Hoje o hectare vale R$ 10 mil. São 200 vezes mais", calcula Walter Horita.

De acordo com uma imagem de satélite, a produção de grãos já ocupa 20% das terras dos dez municípios que compõem o cerrado baiano, uma região que começa entre Tocantins e Maranhão e vai até a região entre Goiás e Minas Gerais. Mas os produtores querem avançar mais na área plantada.

"Ainda pretendemos desmatar em torno de um 1,2 milhão de hectares, mais 10% da área total. Isso preservando a questão ambiental", adianta o vice-presidente da Associação de Agricultores da Baia, Sérgio Pitt. Isso significa derrubar uma área correspondente à metade do que já foi desmatado na Bahia.

"Pode trazer prejuízos irreversíveis para os rios do oeste da Bahia e, consequentemente, para a Bacia do Rio São Francisco", alerta o gerente do Ibama, Zenuildo Eduardo Correia.

O escritório do Ibama em Barreiras conta com seis funcionários para fiscalizar todo o cerrado baiano: 200 mil quilômetros quadrados, uma área do tamanho do estado do Paraná. (José Raimundo/Globo Repórter)
Fotos:
Osvaldo Gomes dos Santos - crédito - Aryanne Amaral
Cerrado desmatado - Hebert Regis

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Impacto ambiental será seis vezes maior que o de 2006

Estudo patrocinado pelos governos da África do Sul e da Noruega mostra que as viagens internacionais serão as maiores culpadas pelas emissões de gás carbônico na Copa de 2010

REDAÇÃO ÉPOCA

Enquanto o mundo se prepara com expectativa para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, um estudo patrocinado pelos governos da Noruega e da África do Sul mostrou nesta sexta-feira (27) que a pegada de carbono – soma de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa – da Copa do Mundo de 2010 será seis vezes maior que a da Copa da Alemanha, em 2006.

O estudo calculou que o evento, que ocorre entre 11 de junho e 11 de julho de 2010, vai emitir 2,75 milhões toneladas de gás carbônico. O fator que mais vai contribuir para esse quadro são as viagens internacionais, de turistas, jornalistas e das delegações, para a África do Sul – o que deve deixar em pânico as associações protetoras dos ursos polares.

Só as viagens representam 1,85 milhões toneladas de gás carbônico equivalente, o que significa 67,4% de todas as emissões do evento.

Mesmo que as viagens não fossem levadas em conta, a Copa da África do Sul, com 896 toneladas de gás carbono, estaria à frente da Copa da Alemanha. Isso porque as distâncias entre as cidades sul-africanas são muito maiores que na Europa e os sistemas de transporte são mais prejudiciais ao meio ambiente.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a distância entre Johannesburgo e a Cidade do Cabo, duas das principais cidades do mundial, é de 1,4 mil quilômetros, equivalente a uma viagem do Rio de Janeiro para Campo Grande. Como não há trens de alta velocidade – com os da Alemanha – os visitantes vão viajar várias vezes de avião, até mesmo para fora da África do Sul, já que as cidades menores não terão quartos de hotel suficiente para todos os visitantes.

Mesmo as maiores cidades da África do Sul não têm sistemas de metrô, o que obrigará todos a usar carros e ônibus no deslocamento interno, agravando ainda mais o problemas das emissões de carbono.

De acordo com o estudo, neutralizar este impacto ambiental não será tão caro, tendo em vista as enormes quantias envolvidas na organização do torneio. Para neutralizar as emissões internas seriam necessários de US$ 5,4 milhões a US$ 9 milhões. O valor dobraria para neutralizar as emissões das viagens de avião.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Comunidade

Na região de grandes veredas enfeitadas pela beleza dos buritizais ficam nascentes importantes, inclusive a do Rio Preto, que ajuda a alimentar o Rio São Francisco. As comunidades nativas convivem em harmonia com a paisagem. "As comunidades já vivem aqui há muitos anos. Elas conciliam essa ocupação com o extrativismo.
O impacto é muito pequeno, não há risco", assegura a bióloga Aryane Gonçalves do Amaral. Entre setembro e novembro, o Charco da Vereda é como se fosse uma mina de ouro para as mulheres. É tempo de colher capim dourado. "Ficamos muito felizes na época da colheita do capim dourado, porque tem trabalho para as mulheres", diz a catadora de capim Domingas dos Santos Leite. E trabalho em forma de arte.

Com paciência e capricho, elas vão tecendo as peças: bolsas, cestas. O material é bem feito, bem acabado, bonito. E com um detalhe: quando a peça é movimentada, o brilho dourado do capim vai se destacando. As artesãs levam três dias para fazer uma cesta.

O produto é vendido por R$ 100. Mas o sossego dessas comunidades está sendo alterado. Fazendeiros de soja pressionam os nativos para vender as terras que ocupam. A agricultora Jessy Batista dos Santos conta que já tentaram comprar suas terras. "Nós não vendemos de jeito nenhum. Se vendermos, para aonde vamos?", questiona.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Falha na gestão da Estação Ecológica do Rio Preto

Formosa do Rio Preto, no extremo oeste da Bahia, é o maior município do estado, tem quase o tamanho de Sergipe. E é o primeiro da lista dos que mais desmataram o cerrado brasileiro nos últimos dois anos. Justamente o município que tem a maior parte de suas terras em áreas que deveriam ser protegidas.




Uma estação ecológica tem a missão de preservar as margens do Rio Preto e tem também uma floresta que é um pedaço de Mata Atlântica dentro do cerrado. É uma área de acesso restrito. Era esperado encontrar pelo menos um posto de vigilância. Mas, para surpresa da equipe do Globo Repórter, a funcionária responsável pela administração dá expediente em outro município, bem longe dali. "O escritório da estação funciona em Barreiras, distante 200 quilômetros. Não há guarda-parque", conta a gestora da estação, Balbina Maria de Jesus, que tem apenas um motorista como colega de trabalho.


Em setembro do ano passado, os 4,5 mil hectares da estação por pouco não viraram cinzas. A mata ficou 20 dias em chamas. Quando a brigada de combate a incêndio chegou, o fogo já tinha destruído 60% da estação ecológica. Algumas espécies da vegetação rasteira já recomeçaram a brotar e vão se regenerar. Mas as árvores mais altas morreram. As suspeitas de que teria sido um incêndio criminoso não foram investigadas. "As causas desse incêndio não são conhecidas e provavelmente não serão", diz Balbina Maria de Jesus. (José Raimundo/Globo Repórter)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Bioeste auxilia Globo Repórter no cerrado baiano

O repórter José Raimundo, do Globo Repórter, visita pela primeira vez Formosa do Rio Preto para a produção de uma reportagem sobre as condições das unidades de conservação da região oeste da Bahia, e da pressão exercida pelo agronegócio às comunidades tradicionais. A equipe do Bioeste, formada por Aryanne Amaral, Hebert Regis, e Cleiton Pessoa, acompanhou a viagem de dois dias pela região apontada pela Conservação Internacional, como um “hotspot” mundial, ao abrigar uma grande variedade de fauna e flora.





A equipe passou pela Estação Ecológica para mostrar o descaso na gestão da unidade, e o fogo criminoso, que queimou praticamente 50% da unidade. E denunciou um crime de fazendeiros da região, que grilam terras das comunidades, para transformar em lavoura, ou reserva legal, de quem está irregular. A reportagem também mostra as belezas do cerrado da Bahia e o artesanato de capim dorado, gerando aumento da renda para a comunidade da Cacimbinha, em Formosa.


O repórter constatou também que em meia hora de carro se atravessava toda a área desmatada do cerrado baiano. Hoje o percurso é uma viagem de cerca de sete horas. E que o oeste baiano gera 40% das águas do São Francisco. O programa abrange também os cerrados dos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. O Globo Repórter vai ao ar hoje, sexta-feira, depois da novela Viver a Vida.

Veja mais fotos da expedição em nossa galeria de fotos: Expedição Globo Repórter - APA do Rio Preto

Globo Repórter apresenta denúncias no cerrado do oeste da bahia


Onças, tamanduás, antas e emas são algumas espécies da vida selvagem ameaçadas. Sem as florestas, os bichos estão acuados. As plantações chegam ao limite dos parques nacionais. E, na Bahia, invadem até as reservas ecológicas.

Há 25 anos, em meia hora de carro se atravessava toda a área desmatada do cerrado baiano. Hoje o percurso é uma viagem de cerca de sete horas. Conheça os frutos do cerrado que levam trabalho e esperança ao grande sertão. Você sabia que o cerrado guarda as nascentes de grandes rios do nosso país?

E no Sul, uma surpresa: a menor reserva de cerrado cabe em um campo de futebol, mas guarda plantas medicinais, frutas e espécies ameaçadas de extinção.(Globo Repórter)

Acesse o link abaixo e veja a chamada do programa, que vai falar sobre o cerrado do oeste da Bahia.


Crédito da foto: Formosa do Rio Preto/Aryanne Amaral

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mudanças Climáticas: acordo longe de uma definição

Na área ambiental até o fim do ano as discussões serão realizadas em torno das mudanças climáticas, e o acordo que pode ser fechado no fim do ano em Copenhague, na Dinamarca. As reuniões preliminares – a última aconteceu na última semana em Barcelona - apontam um fracasso das negociações. Os países em desenvolvimento, grupo no qual inclui o Brasil, não aceitam que os mais ricos assumam uma meta menor do que 40% na emissão do CO2.



Dentre os blocos dos países ricos, apenas os europeus se propõem a falar em redução de metas. Mas já bateram o martelo. Não podem fazer esforço maior do que 30%, e só fazer se países em desenvolvimento como China, Índia, África do Sul, e Brasil, também entrarem na lista. Nada mais do que justo. Até porque estes países já vem colaborando fortemente com as emissões. No Brasil, a ministra da Casa Civil Dilma Roussef começa a admitir uma redução de 40% até 2020, antes impensável pelo governo.



A proposta é a seguinte. Reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% já garantiria os 20%. E o restante da conta seria distribuído entre a agropecuária e o setor elétrico. A briga entre estes dois setores deve esquentar caso esta meta voluntária seja levada em frente. Veremos a guerra a partir de agora entre os setores, lideradas pelos ministros da agricultura Reinhold Stephanes e minas e energia Edson Lobão. (Hebert Regis/Comunicação Bioeste)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Barreirenses sofrem sem parques públicos


É fato que Barreiras sofre com a falta de parques públicos em que as pessoas possam se exercitar, e melhorar a sua qualidade de vida junto às áreas verdes, ou próximas aos rios. A orla do Rio Grande, por exemplo, não tem estrutura para as práticas como caminhada, corrida, ou ciclovia para as bicicletas circularem.

Quando se fala em parques fluviais, às beiras do rio, a situação apenas piora. Basta olhar a situação da Prainha e dos Três Bocas, que não tem a mínima organização, e estrutura, onde a ocupação das margens foi feita de maneira descontrolada, e onde a legislação ambiental nem é sequer minimamente cumprida.

Na semana passada, o Ministério do Meio Ambiente apresentou um apoio ao município, ao presentear Barreiras com um projeto do parque fluvial. Depois a Prefeitura precisa buscar recursos para a implantação. Uma arquiteta fez o levantamento de algumas possíveis áreas, como a Prainha, Baía de Guanabara , e Três Bocas. O alerta é que não basta mexer na estrutura , e sim na consciência de quem freqüenta estes locais, como forma a inseri-los de maneira sustentável à estes locais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Livro sugere ações para estabilizar o clima

Escrito por uma série de especialistas e ilustrado por renomados fotógrafos de natureza, como o brasileiro Luciano Candisani, o livro “A Climate for Life – Meeting the Global Challenge” aponta alternativas naturais e soluções tecnológicas imediatas para o combate às mudanças climáticas


Débora Spitzcovsky
http://www.planetasustentavel.abril.com.br/


A sociedade enxerga as mudanças climáticas como um conjunto de fatos isolados, mas só conseguiremos, efetivamente, reestabilizar o clima por meio de ações estratégicas, que integrem todas as partes do problema. Essa é a ideia principal do livro “A Climate for Life – Meeting the Global Challenge”, que já fica clara nas primeiras páginas da obra, no prefácio escrito pelo biólogo de Harvard Edward O. Wilson e, também, pelo ator Harrison Ford.

Traduzido para o português como “Um Clima para a Vida – Enfrentando os Desafios Globais”, o livro reúne textos assinados por lideranças científicas de todo o mundo que fazem parte da ONG ambientalista CI – Conservação Ambiental e comentam, com muita propriedade, os impactos, ameaças e desafios das mudanças climáticas, apontando uma série de iniciativas necessárias e urgentes para estabelecermos o equilíbrio climático no mundo.

Entre as ações propostas pelos escritores – que atuam em diferentes áreas de conhecimento, a fim de proporcionar a “integração” que a obra defende –, estão mudanças nas políticas públicas, implantação de novas tecnologias e inovações mercadológicas, além de alternativas naturais, uma vez que os especialistas que participam do livro defendem a ideia de que os ecossistemas tem um papel vital na solução dos problemas relacionados ao aquecimento.

Fruto de uma parceria entre a CI, a ILCP – Liga Internacional dos Fotógrafos da Conservação e a empresa Cemex, o livro conta ainda com mais de 175 fotografias, muito bonitas, tiradas por renomados fotógrafos de natureza de todo o mundo. Entre eles, destaca-se o brasileiro Luciano Candisani, que é membro do ILCP e conselheiro do movimento Planeta Sustentável.

“A Climate for Life – Meeting the Global Challenge” pode ser comprado, via internet, no site da CI.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Expedição Globo Repórter

O repórter José Raimundo visita pela primeira vez o município de Formosa do Rio Preto para a produção de uma reportagem sobre as condições das unidades de conservação da região oeste da Bahia. Do descaso dos órgãos governamentais pelas áreas criadas, a reportagem também denuncia a expansão agrícola sobre as terras das comunidades tradicionais.


O Globo Repórter, que também abrange os cerrados dos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, está previsto para ir ao ar no dia 13 de novembro.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Conhecendo e saborendo o Buriti

[Foto retirada do site www.viladoartesao.com.br]

O buriti não apresenta um consumo regular em todas as regiões do Brasil; os frutos são consumidos, principalmente na forma de sucos e doces caseiros, pela população local de algumas áreas específicas das regiões Norte e Central.

É uma palmeira ornamental, onde seu uso alimentar é generalizado, desde a extração de palmito, e sacarose da qual fabrica-se o vinho até a produção de sabão a partir de seu óleo. Além de seu uso para temperos, um outro uso do óleo, é na aplicação contra queimaduras, em que alivia mais a dor.

O Professor José Guilherme Mariath e colaboradores da Universidade Federal da Paraíba e do Instituto de Tecnologia de Pernambuco avaliaram o efeito da suplementação alimentar com o doce de buriti sobre a manifestação clínica da hipovitaminose A em regiões típicas do semi-árido. Os autores concluíram que a suplementação alimentar de crianças com idade entre 4 e 12 anos com 12g de doce de buriti por dia, durante 20 dias, foi suficiente para recuperar quadros de hipovitaminose A, com evidências clínicas de xeroftalmia, que é um sintoma clínico da deficiência de vitamina A caracterizado pela perda da visão.

Sua Floração dá-se de Dezembro a Abril e sua frutificação é de Dezembro a Junho. Comumente encontrados em veredas, campos limpos e mata de galeria.

E como já falamos da importância nutricional dessa fruta, que tal preparar um delicioso doce de buriti ao leite?

Você vai precisa de:

1/2 L Leite cortado
1 Bolinha de buriti pronta (polpa)
2 copos de açúcar


Preparar é simples:
Coloque o leite e o açúcar e deixe ferver. Quando estiver fervendo coloque a bolinha de buriti despedaçada e mexa até derreter. Depois coloque em uma vasilhinha qualquer e deixe esfriar em uma panela com água fria. O último passo é o melhor de todos. Saborei o seu doce de buriti, pois ele esta pronto!


Samara Ferreira de Souza

PCH´s assolam o oeste baiano

A grande discussão no momento é a instalação das Pequenas Centrais Hidrelétricas, mais conhecidas como PCH´s. Uma notícia mostra que são 26 na Chapada dos Veadeiros, no cerrado goiano . Na região oeste da Bahia, o mesmo acontece. Os projetos para a instalação das PCh´s estão se alastrando. Começou primeiro no rio das fêmeas, em São Desidério, que praticamente acabou com as correntezas que proporcionava as práticas de rafting. Estão em fase de estudo a implantação no Rio de Ondas e Preto, nos municípios de Barreiras, e Formosa do Rio Preto. Nestes locais o mais agravante é a retirada das comunidades tradicionais. Será que o governo federal não pode planejar a criação de energia limpa e renovável, mas que também não agrida a biodiversidade e desaloje famílias das suas terras? (Área de Comunicação Instituto Bioeste/Hebert Regis)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bioeste na Gincana Ecológica e Cultural do Polivalente


Bioeste participou nos dias 23 e 24, da Gincana Cultural e Ecológica do Colégio Polivalente. Nos juntamos nesta parceria com a instituição de ensino para mobilizar Barreiras na Campanha TicTacTicTac, de Ações Contra as Mudanças Climáticas. Esta atividade se junta a outras 4,5 mil ações simultâneas realizadas em mais de 170 países para exigir o compromisso pelas mudanças climáticas.

Cerca de 700 estudantes participaram da gincana, divididos em entre três equipes com alunos do ensino fundamental e médio. Como forma de sensibilização, será exibido anteriormente na instituição de ensino o documentário “Vozes do Clima”, que nortearam as atividades culturais, como a composição de peça teatral, cordel, repente, desenhos, ou música.

A Gincana TicTacTicTac abordou o tema nas provas da gincana, que vão desde a perguntas e respostas com torta na cara, com temas voltados à mudança climática; adivinhação (de picolés com sabores de frutos do cerrado); coleta de resíduos (apenas papel e plástico, para facilitar e não machucar); corrida de saco com perguntas voltadas para o tema, e além da coleta de assinaturas para a campanha contra a mudanças climáticas.

O Bioeste se insere na tradicional gincana cultural realizada pelo Colégio Alexandre Leal Costa, com o objetivo de inserir os estudantes na Campanha TicTacTicTac coordenada pela Campanha Global de Ações pelas Mudanças Climáticas (GCCA, na sigla em inglês) que pretende unir a opinião pública mundial para persuadir os líderes internacionais a assinarem um novo acordo global sobre o clima. E a equipe Bioeste entra nesta luta!!!