quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comunidade Cacimbinha e Trilha


Ao amanhecer, um e outro surgia dos quartos para o café da manhã, a previsão de saída seria às seis e meia da manhã, mas o cansaço fez com que houvesse um atraso de uma hora. Todos embarcados pegaram a estrada novamente e essa era bem mais difícil de percorrer, muita areia o que fez com que um dos carros atolasse por duas vezes, obrigando os integrantes a descerem e empurrarem o veículo, foram batizados de: Equipe Uno Nota 10.

Adiante, momentos de tensão, um morador da comunidade que era o guia, o Virgilino, dirigia o carro do Bioeste a frente da caravana, quando ao atravessar uma pequena ponte de madeira, a roda dianteira do lado direito caiu em um espaço entre as tábuas, o carro ficou preso, mas felizmente ninguém se machucou.

Todos saíram dos carros, os homens estudavam a melhor maneira de retirar o veículo, as mulheres fotografavam o ocorrido e também aproveitaram para clicar o rio e o cerrado em volta. Com ajuda de um macaco e com os homens fazendo peso na carroceria da caminhonete, conseguiram erguer a roda e encaixar uma tábua fechando a armadilha e assim todos os outros carros atravessaram cuidadosamente a ponte e continuaram o caminho, parando em alguns momentos para fotografar o belo cenário que se descortinava à frente de cerrado nativo e moradias pelo caminho.

Quatro horas depois de muito chão, chegaram à residência que foi o nosso apoio, não tinha sanitário e muitos procuraram um abrigo no mato para o alívio das necessidades. Perdeu-se muito tempo na estrada, então todos concordaram em permanecer ali e almoçar para depois continuar seguindo viagem até a comunidade de Cacimbinha.

O rio Preto estava a alguns passos da casa, quem levou roupa de banho, se apressou a se trocar, os outros não se intimidaram e foram para o rio tomar banho de roupa mesmo. O dia quente e as águas refrescantes era um convite irrecusável e dos vinte integrantes, nove caíram na água, inclusive o ministrante da oficina, todos voltaram a ser crianças por alguns minutos, até que receberam o aviso de que o almoço já estava servido, nessa hora encerraram as brincadeiras infantis aquáticas e retornaram à residência para saciar a fome.

Após a refeição finalmente fizeram a foto do grupo. Julio, Laura, Hélio e Luciano retornaram para Barreiras, menos um carro, devido aos compromissos na segunda-feira. Após a foto, dois dos quatro veículos que ficaram seguiram até a Cacimbinha, os outros dois ficaram pelo caminho, fotografando as veredas e percorrendo trilhas.

No caminho não faltou atrativos, as veredas com seus buritizais belíssimos. O grito das araras fez o último carro, onde estava o professor, parar e ficar esperando que as araras gritassem novamente, indicando sua direção e assim ocorreu, eles saltaram do carro e caminharam em direção ao buriti, lá conseguiram fotografar o casal e para surpresa deles mais dois casais sobrevoaram a vereda. Eram seis araras Canindé que fugiram dos clics e foram pousar em outro buriti distante, porém os persistentes fotógrafos não desistiram e foram atrás das aves seguindo os passos cuidadosos do professor e conseguiram belas fotos.

Retornando ao carro, seguiram a estradinha, adiante encontram o outro grupo e juntos com auxilio de GPS entraram na mata fotografando as espécies de árvores, insetos e flores.
Nesse momento a outra equipe chegou à Cacimbinha, onde havia artesanato feito com palha de buriti e capim dourado. As crianças também se encantaram com as fotos impressas na hora e entregues a elas como recordação. O grupo ficou pouco tempo no povoado, pois era muito distante e retornaram encontrando com os outros na estrada que já vinham saindo da trilha e ali mesmo fizeram mais uma foto da turma, dessa vez com o por do sol e os buritizais ao fundo.
Novamente pegaram a estrada de volta à Formosa e o carro mais baixo ficou preso no areião por mais três vezes, momento da Equipe Uno Nota 10 entrar em ação novamente. Já era noite quando chegaram à pousada. Todos só pensavam em banho e refeição e só depois analisar as fotos, o problema é que as pizzas só chegaram à uma hora da manhã, famintos interromperam as análises fotográficas para comer, encerrando mais um dia de intenso trabalho, aprendizado e aventuras às duas horas da manhã. (Luciana Roque/Instituto Bioeste)

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