sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Comunidade

Na região de grandes veredas enfeitadas pela beleza dos buritizais ficam nascentes importantes, inclusive a do Rio Preto, que ajuda a alimentar o Rio São Francisco. As comunidades nativas convivem em harmonia com a paisagem. "As comunidades já vivem aqui há muitos anos. Elas conciliam essa ocupação com o extrativismo.
O impacto é muito pequeno, não há risco", assegura a bióloga Aryane Gonçalves do Amaral. Entre setembro e novembro, o Charco da Vereda é como se fosse uma mina de ouro para as mulheres. É tempo de colher capim dourado. "Ficamos muito felizes na época da colheita do capim dourado, porque tem trabalho para as mulheres", diz a catadora de capim Domingas dos Santos Leite. E trabalho em forma de arte.

Com paciência e capricho, elas vão tecendo as peças: bolsas, cestas. O material é bem feito, bem acabado, bonito. E com um detalhe: quando a peça é movimentada, o brilho dourado do capim vai se destacando. As artesãs levam três dias para fazer uma cesta.

O produto é vendido por R$ 100. Mas o sossego dessas comunidades está sendo alterado. Fazendeiros de soja pressionam os nativos para vender as terras que ocupam. A agricultora Jessy Batista dos Santos conta que já tentaram comprar suas terras. "Nós não vendemos de jeito nenhum. Se vendermos, para aonde vamos?", questiona.

Um comentário:

  1. O trabalho feito por essas comunidades é muito importante para a sobrevivencia das mesmas, pois, elas encontram na natureza um meio de expor suas criatidades e ao mesmo tempo com o artesanato é possivel manter suas familias.

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