A partir do mapeamento de três sub-bacias do rio Grande (rios Preto, Ondas e Branco) no Oeste baiano, especialistas do Instituto Bioeste e Conservação Internacional - por meio do Programa Produzir e Conservar, que possui o apoio da Monsanto - elaboraram estratégias de inserção para cada uma delas. Os focos adotados foram o planejamento do uso do solo, em conjunto com os proprietários nas sub-bacias em boas condições de cobertura florestal nativa - como a do rio Preto -, e ações de reflorestamento focando preferencialmente na recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), com mudas produzidas por comunidades locais e em raio de atuação determinado por planos de negócio específicos.
O estabelecimento de novas parcerias com produtores e comunidades rurais locais também marcou o segundo ano do programa no Oeste da Bahia. Como resultado da conscientização sobre a importância e os benefícios advindos da adequação ambiental e da adoção de melhores práticas no uso do solo, dois grandes produtores, proprietários de uma área total de 10.107 hectares (equivalente a aproximadamente 14 mil campos de futebol) em Luis Eduardo Magalhães (BA), aderiram formalmente ao projeto no segundo ano. Foram elaborados Planos de Recuperação de Áreas Degradadas específicos para essas propriedades, o que deve estimular o mesmo processo em áreas vizinhas.
“Essas parcerias são fundamentais para a expansão e o sucesso do projeto no campo, na medida em que atendem às necessidades técnicas e às demandas por informações por parte dos proprietários que desejam adequar seus planos de uso da terra, prevendo a adequação ambiental de suas áreas”, informa Benito Fernandez Mera, diretor-presidente do Instituto Bioeste.
Na avaliação da gerente de sustentabilidade da Monsanto, como a empresa está em contato direto com proprietários rurais, torna-se uma aliada natural na conservação da biodiversidade, especialidade da Conservação Internacional e do Bioeste. “Trabalhando juntos, estimulamos mudanças positivas e influenciamos a aplicação de melhores práticas ambientais ao longo da cadeia agrícola”, afirma Gabriela Burian.
As comunidades do Oeste baiano também foram sensibilizadas por meio de oficinas de capacitação em comunicação organizadas pelo Instituto Bioeste, com o apoio da CI-Brasil. Em Barreiras, foram produzidos quatro vídeos ambientais com os temas acessibilidade, agricultura familiar, poluição de rios e devolução das embalagens de defensivos agrícolas. Os vídeos, disponíveis no YouTube (http://www.youtube.com/user/hebert12mais#p/a), também são utilizados pelo Bioeste em atividades de educação e conscientização ambiental na região.
Estudantes visitam exposição fotográfica em Formosa do Rio Preto - Foto: Hebert Regis |
Para a disseminação de informações e resultados, e na busca pela replicabilidade do projeto, também foi realizada uma oficina de fotografia de cinco dias, com 18 participantes, que incluiu uma expedição fotográfica nos cinco principais municípios da região. A oficina gerou um acervo de mais de sete mil fotos, sendo que 50 delas compõem a exposição fotográfica “A recriação do olhar sobre o Cerrado baiano”. A mostra, que estreou em Salvador em setembro e já percorreu as cidades de Camaçari, Barreiras, São Desidério e Santa Rita de Cássia, na Bahia, e Mogi das Cruzes, em São Paulo, permanece itinerante até o final do ano e ainda será apresentada nos municípios de Luis Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, no Oeste baiano. Junto com a mostra estão sendo treinados professores das escolas municipais locais para estimulá-los a levarem seus alunos e instigar novas iniciativas e oportunidades de educação ambiental.
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