De São Desidério à Lagoa Azul são 15 quilômetros em estrada de chão, bem conservada. A paisagem é de mata de cerrado nativo e em alguns trechos, apresentam-se fazendas de gado que devastaram a paisagem natural para abertura de pasto.
A Unidade de Conservação foi criada pelo Governo Municipal. Logo na entrada do parque, há uma estrutura semi-pronta de um abrigo para os visitantes, o prédio possui telhado coberto, espaço para banheiros, loja para comercializar artesanatos e alimentos, falta ainda instalação elétrica e hidráulica.
Após o abrigo, segue-se por uma trilha, onde estão espalhadas placas de madeira que indicam as espécies de árvores que ali se encontram. Se o visitante estiver com sorte, é possível avistar macacos bugios, ou guaribas nos galhos das árvores à procura de alimentos, são animais ariscos e preferem ficar longe e escondidos da presença humana. Os pássaros, pelo contrário, gostam de se exibir, com seu canto e plumas coloridas que se destacam por entre as árvores. Durante o trajeto vê-se ainda cupinzeiros nas árvores, formigueiros gigantes, uma diversificada espécie de insetos e borboletas à procura de pólen.
A caminhada é leve e agradável, em pouco tempo chega-se ao mirante da Lagoa Azul. A vista é fascinante, do alto de uma pedra é possível contemplar um gigantesco lago que apesar de ter o nome de Lagoa azul, suas águas são de um intenso verde, margeado por uma nata esbranquiçada que serve como filtro das impurezas que caem no calmo espelho d’água, como folhas, excrementos de animais. Paredões rochosos cercam toda a extensão da lagoa, da pedra do mirante até a água, são 40 metros de altura e nesse ponto a água pode ter a profundidade de 14 a 15 metros.
Segundo o guia turístico de São Desidério, Jussyklebson da Silva de Souza, tanto em períodos de estiagem quanto de chuva, a tonalidade da água não muda e nem a quantidade de água dentro da lagoa. Permanece sempre a mesma, verde, calma e profunda.
O silêncio e a natureza intocada tornam o cenário único, de beleza indescritível e poética. Nos céus, revoada de pássaros fazem um bailado que chama a atenção. No alto dos paredões as pedras formam imagens que despertam a imaginação.
Alguns metros dali, seguindo uma pequena trilha, esta o aquário natural. Milhares de peixinhos movimentam-se freneticamente. A água apesar de limpa, somente é possível visualização na parte superficial, devido à profundidade que chega até 60 metros. Ao fundo o paredão vermelho completa o cenário. No chão, folhas secas que vez ou outra são levadas pelo vento. (Luciana Roque/Ascom Instituto Bioeste)
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