Apesar das comemorações da Semana Mundial da Água, realizada em Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, entre os dias 22, 23 e 24 de março, a sociedade demonstrou preocupação com os rumos tomados pela gestão dos recursos hídricos. Ao lado das apresentações artísticas, exposições fotográficas, os debates em torno das obras de saneamento básico e da fiscalização do uso das licenças para a agricultura irrigada atraíram a atenção do público presente ao evento.
O rio Grande, principal afluente da margem esquerda do rio São Francisco, recebe diariamente o esgoto de Barreiras. Apenas 7% das residências são assistidas por rede coletora de esgoto, 90% das casas utilizam fossas sépticas e o restante joga seus dejetos diretamente nas ruas que são levados para dentro do rio Grande.
Segundo estudo realizado pelo Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal da Bahia (ICADS/UFBA), coordenado pelo professor José Cláudio Viégas, estas fossas são subutilizadas, pois parte dos dejetos das residências serem lançados nas ruas, como a água do banho e as usadas para lavar roupas e louças. “Isto acontece na tentativa de reduzir a sobrecarga das fossas”, afirma.
Em entrevista para o Fala Cerrado, o engenheiro de projetos e operações da Embasa, Jener Pitombo, acredita que a partir deste mês está previsto o início das obras de esgotamento sanitário de Barreiras. “Este será um passo importante na tentativa de solucionar o problema da poluição das águas do rio Grande e também irá proporcionar qualidade de vida para os barreirenses”, admite.
terça-feira, 30 de março de 2010
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