sábado, 6 de março de 2010

Monsanto, Bioeste e Conservação Internacional juntas na preservação do oeste baiano

Barreiras, 1º de março de 2010: O primeiro ano do Programa de Conservação da Biodiversidade, uma parceria entre a Monsanto e a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil), chegou ao fim com um diagnóstico ambiental de 13 propriedades rurais do oeste da Bahia, que englobam 8,6 mil hectares, o equivalente a 860 mil quilômetros quadrados. A execução do trabalho na região é desenvolvida pela ONG Bioeste, parceira da CI-Brasil no oeste baiano desde 2004.

O programa engloba também atividades no nordeste da Mata Atlântica e a reestruturação da política de sustentabilidade socioambiental da Monsanto no Brasil, importante para que a empresa e sua cadeia de clientes incorporem e aprimorem princípios de sustentabilidade ambiental em todas as suas esferas de influência.

O investimento total é de US$ 13 milhões, cerca de R$ 23,4 milhões, para serem utilizados em um período de cinco anos, US$ 2 milhões (= R$ 3,6 milhões) deles voltados à conservação do oeste da Bahia, que se insere no Corredor de Biodiversidade Jalapão-Oeste da Bahia. Considerado hotspot de biodiversidade, o Cerrado, bioma presente no oeste baiano, está entre as 34 áreas identificadas pela CI como as mais ricas em fauna e flora e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas do mundo, já tendo perdido cerca de 75% de sua vegetação original.

“O objetivo é desenvolver ações capazes de garantir sustentabilidade na paisagem de sub-bacias do rio Grande, desenvolvendo boas práticas produtivas, evitando o desmatamento ilegal e a extinção de espécies”, diz Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil. “Visamos à formação de corredores ecológicos por meio do incentivo a adequação ambiental das propriedades. Também focamos em ações de treinamento e capacitação tanto de produtores como de prestadores de serviços da Monsanto”, completa Aryanne Gonçalves Amaral, coordenadora de Áreas Protegidas do Instituto Bioeste.

“Como estamos em contato direto com proprietários rurais em paisagens agrícolas, a Monsanto apresenta-se como uma aliada na conservação da biodiversidade, especialidade da Conservação Internacional e do Bioeste. Portanto, trabalhando juntas, estimulamos mudanças positivas e influenciamos a aplicação de melhores práticas ambientais ao longo da cadeia agrícola”, declara Gabriela Burian, gerente de Sustentabilidade da empresa.

Crisliane Santos, coordenadora de planejamento e gestão ambiental do Bioeste, explica que o engajamento dos proprietários rurais é fundamental para o sucesso do projeto. “Nosso objetivo é inserir a sustentabilidade dentro das propriedades e aliar o conhecimento técnico disponibilizado pelo Bioeste em prol da conservação e desenvolvimento sustentável da região.”

O projeto conta ainda com um componente de educação ambiental da população local e dos próprios agricultores. Entre os dias 25 e 27 de fevereiro, por exemplo, uma oficina de vídeo-participativo foi realizada na sede do Bioeste para 15 participantes. Como resultado, quatro vídeos foram produzidos sobre os seguintes temas: poluição do rio Grande, a devolução de embalagens de agrotóxicos, a agricultura familiar da comunidade do Mucambo e acessibilidade em Barreiras. Os vídeos serão utilizados nas atividades desenvolvidas pela ONG na região.


Serviços ambientais: O segundo ano do programa prevê a introdução de técnicas de uso adequado do solo visando à conservação dos recursos naturais, como água e solos, e a recuperação de matas de galeria e de reservas legais em pontos estratégicos. Por meio de uma parceria entre o Bioeste e a Universidade Federal da Bahia e a Universidade Estadual da Bahia, serão realizados inventários biológicos para o levantamento da fauna e da flora na sub-bacia do rio Preto.

“O bom funcionamento dos serviços ambientais da região ajudará muito na segurança climática”, afirma Prado, da CI-Brasil. Segundo ele, o programa de parceria prevê a implementação de um projeto de carbono na área do sub-bacia do rio Preto visando à manutenção da vegetação em pé.

A parceria prevê também o engajamento das comunidades rurais locais de forma a inseri-las nas oportunidades de desenvolvimento do agronegócio local, gerando renda e resgatando sua cidadania. “Serão desenvolvidos planos de negócios capazes de identificar as potencialidades das comunidades rurais com foco em sua segurança alimentar e melhoria das condições de vida”, complementa.



Como participar: Os agricultores que quiserem aderir ao Programa Conservação da Biodiversidade podem procurar o Instituto Bioeste, no telefone: (77) 3611-7173.

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