O barbatimão é da família das leguminosas-mimosoídeas. O tronco de um exemplar adulto pode chegar a 25 centímetros de diâmetro. As sementes devem ser semeadas logo depois de colhidas, sendo a taxa de germinação baixa, ou seja, é preciso semear várias sementes para obter uma única muda. No barbatimão, as folhas novas nascem vermelhas e vão trocando gradativamente de cor até chegar ao verde.
Pesquisadores brasileiros confirmam que esta árvore é capaz de matar bactérias, brecar inflamações e acelerar a cicatrização. É empregada no tratamento de gonorréia, hérnia, feridas hemorrágicas, diarréias, gastrite, dores de garganta e hemorróidas.
Foram os índios que perceberam o potencial da casca dessa árvore. Não para comer, seu gosto, assim como o de uma banana verde, dá aquela sensação desagradável de amarrar a boca. Daí o nome yba timó, na língua indígena é sinônimo de "árvore que aperta". Foi essa mesma adstringência que tornou a planta um item indispensável do kit de primeiros socorros dos pajés. O que os índios sabiam há tempos hoje está comprovado por pesquisas brasileiras: o barbatimão é um excelente cicatrizante e um poderoso agente contra bactérias, inflamações e até úlceras. Um estudo, feito na Universidade Federal de Pernambuco, também demonstrou que a planta pode reparar o tecido danificado. Essa propriedade se deve aos taninos presente na casca desta planta. Por serem adstringentes, eles eliminam a água de dentro das células, provocando uma contração das fibras. Isso facilita a cicatrização e diminui as hemorragias.
Apesar de a planta ser mais conhecida na medicina popular, ela possui outras utilidades também muito importantes. Por possuir um porte arbóreo e um cerne resistente, o barbatimão é utilizado na construção civil. A casca é importante como fonte de tanino, uma substância empregada no curtume de couros e no artesanato. Da cinza da madeira extrai-se a decoada, uma substância escura que substitui a soda cáustica na fabricação de sabão caseiro.
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