Manhã de domingo em Barreiras, oeste da Bahia, desde às 07:00h o movimento é intenso no Lavoisier Recicla Bar. Estudantes, pescadores, comunidade em geral, pelo menos umas 300 pessoas acordaram mais cedo e dedicaram um tempinho do dia de folga por uma causa urgente, o cuidado com os recursos hídricos. Homens, mulheres de idades variadas, vestiram a camisa dos Amigos do Rio Grande e de luvas, máscaras e sacos de lixo em punho fizeram muito esforço para recolher o máximo de lixo possível das margens dos rio que banham a cidade.
Durante a madrugada havia chovido, o que fez com que a água ficasse barrenta e dificultou a visibilidade dos mergulhadores, mas não desanimou ninguém a participar da faxina. Foram recolhidos 3,5 toneladas de lixo, de tudo um pouco, tinha desde geladeiras, muitos vasos sanitários, pneus, sofás, colchões, incontáveis garrafas pets. Todo lixo foi exposto na Praça Landulfo Alves, juntamente com a exposição itinerante A recriação do olhar sobre o Cerrado baiano, quem passava no local se assustava com a montanha de lixo que a cada chegada de barcos, crescia, assim como o mau cheiro e tudo aquilo estava dentro dos rios, que mata a sede de muitos e favorece o desenvolvimento da agricultura.
Além da retirada do lixo, foram feitas palestras no povoado Conquista, Cleiton Pessoa e Samara de Souza do Instituto Bioeste falaram sobre Cerrado e àgua e também Mudanças Climáticas. Às margens do rio acadêmicos de Agronomia da Universidade do Estado da Bahia, supervisionados pelo engenheiro florestal, André Shatz, fizeram o plantio de 100 mudas nativas do Cerrado.
Após o almoço, uma feijoada caprichada, as jornalistas Ana Lúcia Souza, Jackeline Bispo e Luciana Roque, conhecidas como as Meninas do rio, fizeram a apresentação do livro-reportagem: Um rio de histórias, que pretendem publicar em 2011. O livro faz um resgate do período das navegações no Rio Grande, o cotidiano dos ribeirinhos do passado e atualidade, lendas e poesias. Para encerrar todo o dia de muito trabalho em defesa dos rios, a banda de reggae Leões do Cerrado, se apresentaram no palco do Lavoisier com seu ritmo inconfundível e contagiante.
Os organizadores do evento, os Amigos do Rio Grande, cumpriram o que prometeram: muito trabalho, mas somado a diversão e cultura. Agora é esperar que todo o trabalho de educação ambiental tenha efeito com as comunidades ribeirinhas e toda a sociedade, conscientizando que os rios não são lugares de despejo de lixo e esgotos, mas sim que corre vida em seus leitos.
Fila dos voluntários para cadastramento
Café da manhã para todos
Barcos saindo para as coletas
Todas as atividades dentro dos rios foram acompanhadas por um grupamento do Corpo de Bombeiros
Coleta de lixo nas margens
Começa a chegar o lixo na Praça Landulfo Alves
Palestra de Cleiton Pessoa sobre Cerrado e Água
Palestra de Samara de Souza sobre Mudanças Climáticas e Vegetação do Cerrado
Plantio de mudas nativas completaram os trabalhos de educação ambiental na comunidade Conquista.
Muita sujeira, muito desrespeito com o meio ambiente
Todo lixo recolhido foi exposto na Praça Landulfo Alves
Junto com o lixo, a exposição itinerante: A recriação do olhar sobre o Cerrado baiano.
Ana Lúcia Souza, Luciana Roque e Jackeline Bispo, “Meninas do Rio”, apresentando o projeto de livro-reportagem Um rio de histórias.
Organizadores: Amigos do Rio Grande: André Shatz, Luciana Roque, Matheus, Bruna, Claudio Foleto, Jaderson, Iêdo Jr e Rodrigo
Imagens e texto: LuRoque/ASCOM
Imagens: Claudio Foleto
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